domingo, 22 de julho de 2018

Em terras Incas: Viagem à Bolívia e Peru 11° dia

De Ollantaytambo   à  Cusco 


Olá pessoal!

Depois de 2 dias chuvosos, acordamos com sol... e eu já completamente restabelecida. Acho que as energias de Machu Picchu ajudaram um pouco  


Saímos do hotel e fomos até a praça para tomar um café, já que o do hotel era muito ruim 






Descobrimos que a cidade inteira estava sem energia e, consequentemente, estava tudo fechado e sem maquininha de café funcionando. Mesmo assim entramos em um local onde um casal estava abrindo e colocando as mesas para fora. A senhora me disse que poderia fazer um café e que seria rapidinho. Aceitamos. Enquanto aguardava a água ferver, conversávamos com eles sobre a cidade e as construções. Disseram que todas as casas de Ollantaytambo (em sua grande maioria) são construídas sobre as estruturas originais do tempo dos incas e que as casas são passadas de geração em geração.

Durante nossa viagem até ali, víamos umas estátuas de "touros" sobre as casas. Perguntamos o que significava e falaram que quando uma casa é concluída, os touros (Toritos de Pucará) são colocados para trazer proteção aos seus moradores.


Um pouco da história:
Os TORITOS DE PUCARA são conhecidos em muitas partes do mundo, mas esta tradição começou em um “pueblo” chamado Pucara, a 10 Km de Puno, onde pequenos tourinhos eram colocados nos telhados das casas como elemento de proteção e energia para as famílias que nelas moram. Tudo começou quando os Espanhóis chegaram ao povoado de Pucara, com seus novos animais, em especial os famosos Touros, que foram colocados em festas especialmente para “el paga a la tierra” onde adornava, pintavam e encilhavam o touro, colocando em seu nariz pimenta para deixá-lo enfurecido com a irritação. Essas cenas ficaram gravadas nas pessoas da localidade: um touro enraivecido, tentando desesperadamente lamber a pimenta de seu nariz, com os olhos esbugalhados e a cauda enroscada, característica dos animais bravos, dessa espécie espanhola. 
Naquele tempo muitas comunidades eram encarregadas de fazer utensílios de cerâmica para os espanhóis conquistadores. Um desses povoados se destacou por seu cuidado nos trabalhos, os Chepa Pupuya, que ainda hoje seguem fazendo cerâmica para muitos vilarejos ou cidades. Eles começara a fazer as imagens dos TORITOS em cerâmica desde a época colonial, para manter uma cultura mágico-religiosa entre os campesinos, que imediatamente adaptaram este Símbolo como Proteção, Felicidade e Fertilidade. Os Chepa Pupuya vivem até hoje na comunidade de Checa, e tinham de levar naquela época os trabalhos até a comunidade de Pucara, onde existia uma grande quantidade de pessoas para comprar seus produtos, em especial estes TORITOS, que tornaram seus trabalhos reconhecidos e famosos, sendo denominados TORITOS DE PUCARA. 
Os TORITOS trazem Felicidade, Proteção e Fertilidade a todos os que habitam as casas que os colocam em seus telhados, sendo por isso que é possível vê-los em uma grande maioria nas casas do PERU. 
Tendo uma origem pré-colombiana, estes ceramistas antigos, que com a ocupação espanhola passaram a fabricar cerâmica utilitária para os conquistadores assentados ao sul do PERÚ Colonial, criaram também a imagem do TORITO, nas localidades de Puno, Cusco, Apurinas, Ayacucho, Apurimac, onde se tornaram conhecidos. Sua função é a de proteção à família, procriação dos rebanhos e felicidade dos lares e casas. São colocados nos telhados, normalmente, podendo ser um par de machos, um casal ou apenas um touro em separado. 
Toda essa apologia ao TORITO DE PUCARA, tem seu embasamento na reverência que o Andino faz à Mãe-Terra, pois para o INCA, o homem não só vive na PACHAMAMA, como também faz parte dela. Ela representa a vida, pois é provedora do alimento e do abrigo, sempre auxiliada pelo SOL e pela LUA. Desta forma o ciclo da vida se renova com as estações do ano: a fertilidade, a vida, a morte e o renascimento!
Fonte: https://trilogiainca.com/2015/08/27/toritos-de-pucara/

Depois de tomar nosso café e comer uma fatia (e das grandes) de um delicioso bolo caseiro, seguimos viagem...









Paradinha para descansar...





Chegando em Cusco



Aproveitamos e passeamos pela cidade enquanto procurávamos um hotel...









A pedra de 12 ângulos (maiores informações na parte 2 deste dia)







Depois de devidamente instalados...




... fomos procurar um local para almoçar e "bater pernas" para conhecer mais de perto um pouco dessa cidade linda. CONFIRA A PARTE 2 DESTE DIA!


Até a próxima!



Por Patrícia Pilonetto



Pernoite em Cusco  Hotel Sol del Oriente - 130 soles (sem café)

Total percorrido: 87 km




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