domingo, 8 de janeiro de 2017

Viagem a Argentina e Chile: Conhecendo a Cordilheira dos Andes em 6 Pasos - 14° dia

Olá pessoal,

Como chegamos muito tarde no hotel no dia anterior... o passeio por Mendoza ficou para 'hoje'.

Também resolvemos "pagar" o café da manhã no Ibis ($ 290,00) então depois de aproveitar 'bem' , nos equipamos, fizemos check-out e seguimos.



Mendoza é a capital e a maior cidade da província de Mendoza, na Argentina. Localiza-se no oeste do país, nas bordas da Cordilheira dos Andes, sendo um importante pólo de produção de vinho e azeite, além de ser dos mais importantes pontos turísticos da Argentina. A base da cidade atual surgiu de um ordenamento realizado em 1863 pelo agrimensor francês Ballofet e que inclui a disposição estratégica de várias praças. 


A atividade econômica está fortemente vinculada à indústria de elaboração de vinhos, alimentos, e outras bebidas e, também, com o refinamento de petróleo. Além disso, o setor de turismo se destaca bastante.





O primeiro assentamento espanhol na região foi estabelecido em 2 de março de 1561, quando Pedro de Castillo, comissionado por García Hurtado de Mendoza, fundou a cidade que logo seria a capital da província. Grande parte da edificação colonial foi destruída em 20 de março de 1861 após um intenso terremoto.

A cidade é uma das poucas que conservou relações amistosas com os povos de origem, que habitavam a região antes da fundação. Na segunda metade do século XIX, Charles Darwin visitou a região e em suas escritas e diários de viagem se podem encontrar referências dos aspectos culturais, geológicos e biológicos (flora e fauna) da cidade na época.






A região em que a cidade está situada é semi-desértica, sendo que a água só é encontrada nos oasis, onde os rios que descem dos cumes dos Andes derramam suas turbulentas correntes de água. Dentro da cidade foram construídos drenadores, encarregados de regar as árvores nas calçadas.




A Plaza Independencia é uma das cinco praças da região central de Mendoza e é a principal e maior praça da cidade. O Centro de Mendoza é formado por 8 quarteirões de ponta a ponta, formando um quadrado perfeito. A Plaza Independencia fica bem no centro desse quadrado. As quatro outras praças (Plaza Italia, Plaza Chile, Plaza España e Plaza San Martín) ficam dispostas em um ângulo exato próximas às margens do quadrado. Com a Plaza Independencia no meio, as cinco praças do centro de Mendoza formam um desenho de um “x“. A disposição das praças e ruas foi planejada após o terremoto que destruiu a cidade. Na reconstrução, em 1863, as praças foram projetadas para serem rota de fuga em caso de um novo tremor.




A Plaza Independência segue a linha das demais praças de Mendoza: arborizada, gramada, com muitos bancos, tudo muito bem cuidado. Aqui fica uma fonte e um monumento que é aceso à noite, destacando o nome da cidade.








Plaza San Martin





Plaza Chile






Plaza España 


Na Plaza España,  alguns dos elementos da praça, como por exemplo os azulejos, foram trazidos da Espanha e dão um toque bem legal à decoração.





Plaza Italia








Como era domingo, o comércio estava fechado e a cidade meio deserta. Mas mesmo assim, a cidade é bastante acolhedora, uma das mais arborizadas que encontramos até aqui. Depois de visitar as 5 praças principais, fizemos uma paradinha para um lanche e seguimos viagem.







Saindo da província de Mendoza...


Entrando na Província de San Juan








Chegando em Iglesia, fizemos uma paradinha para hidratar e registar estes "santuários" construídos por pessoas à beira das rodovias... Trata-se da "Difunta Correa"



Difunta Correa, uma mulher que se tornou lenda e é cultuada por centenas de milhares de devotos na Argentina e Chile.

A igreja católica da Argentina até já tentou várias ações para inibir esse culto, mas todas foram ineficazes. Pelo visto, os católicos que fazem pedidos a defunta não se importam muito com o reconhecimento do Vaticano, o que vale mesmo é a fé e os milagres atribuídos a alma da falecida.

Vamos conhecer um pouco da história de María Antonia Deolinda Correa. Segundo a lenda, tudo começou por volta de 1840, na Argentina. Jovem e bela, Deolinda era uma moça simples, mas chamava a atenção de inúmeros pretendentes, inclusive homens ricos que a desejavam como esposa.

Ignorando os pretendentes ricos, Deolinda se apaixonou por um homem simples como ela, Baudilio Bustos. Apaixonados, Deolinda e Baudilio se casaram e tiveram uma bela criança. O casal experimentava um bom momento da vida a dois, mas o país passava por um momento turbulento, a guerra civil entre "unitarios y federales".

Esse contexto de guerra foi muito propício para que dois ex-pretendentes de Deolinda armassem um plano. O Coronel Silveiro Sardina e Comisario Rancagua decidiram recrutar Baudilio para combater junto das tropas argentinas na guerra civil, e o jovem, mesmo relutando, teve de seguir para a luta, deixando Deolinda e seu filho a mercê dos mal intencionados pretendentes.

Se vendo sozinha e desesperada, Deolinda decidiu fugir com seu filho recém-nascido nos braços. Ela seguiu as tropas argentinas em busca de seu marido. Por alguns dias Deolinda prosseguiu sua caminhada acompanhando as tropas, mas aos poucos foi ficando para trás e quando passava por um trecho de deserto próximo da província de San Juan, os mantimentos e a água que levava acabaram.

Sozinha debaixo de um sol escaldante, Deolinda não resistiu e faleceu com seu filho nos braços. Um tempo depois da morte, alguns viajantes passaram pelo local e encontraram seu corpo, e para a surpresa de todos, o bebê ainda estava vivo nos braços da mãe falecida, o mais impressionante é que a criança ainda se nutria do leite de Deolinda, que continuou a ser produzido pelo corpo da defunta. O fato foi tido como milagre divino e no local foi construído um pequeno altar.




Ao longo das décadas, o lugar de Vallecito foi se tornando um grande centro de peregrinação, onde devotos de várias partes do país e até estrangeiros fazem pedidos e deixam suas ofertas. Esse seria o suposto local da morte da Defunta Correa e atualmente é sede de um grande complexo, que inclui rede hoteleira e um santuário oficial administrado por uma fundação sem fins lucrativo. O complexo ainda possui parque de campismo, restaurantes, estação de correios e uma enorme variedade de serviços e lojas de lembranças da defunta.



Este não é o local do santuário oficial. Não passamos por aquela região. Estes "pontos" estão espalhados por toda a parte, em todas as rodovias que passamos.






No caminho, Aires encontrou um lago seco... é claro que ele tinha que ir lá!





De volta à estrada...




Passando por Iglesia...




Las Flores...

Hostel que ficamos, logo na saída da cidade, sentido fronteira.


Cidade pequena, tranquila... vamos conhecer!


O proprietário do hostel (Hector) nos contou que Las Flores é um dos 8 povoados da região e, somando todos, atingem 6 mil habitantes que vivem da produção de sementes e da extração de minérios, como ouro e prata.


Depois do passeio, jantamos em uma pousada próxima ao hostel. Comemos uma carne espetacular e apreciamos um vinho da região para fechar bem a noite!

Até a próxima!



Pernoite em Las Flores - Hostel Agua Negra: $ 500 pesos argentinos com café da manhã (café com leite, pão, geleia - bem simples mas local muito acolhedor)

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