segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Viagem a Argentina e Chile: Conhecendo a Cordilheira dos Andes em 6 Pasos - 8° dia

Olá pessoal,

Saímos do hotel e fomos fazer mais uns passeios por Puerto Montt.



Paradinha do posto para calibrar os pneus...


Como saímos cedo, ainda estava tudo fechado mas fomos até a rodoviária para ver se conseguíamos comprar pesos chilenos, mas só abriria mais tarde. Então passamos pelo Mercado Angelmó para conhecer o local.





Bem, daqui, nosso próximo destino é a Ilha Chiloé... 

O arquipélago de Chiloé é composto por cerca de 30 ilhas que ficam ao norte da Patagônia e ao sul da região dos lagos. O nome Chiloé deriva de Chille-Hué, ou “lugar das gaivotas”.  A ilha principal é a Ilha Grande de Chiloé, onde estão as maiores comunas: Castro e Ancud. Sem conhecimentos formais de arquitetura,  um impressionante conjunto de igrejas foram construídas pelos chilotes durante as missões jesuíticas e franciscanas. Elas têm um desenho bastante particular; parecem casinhas com uma torre bem ao centro, e misturam características europeias e indígenas nativas. Junto ao circuito de igrejas históricas e palafitas, as aves são uma das principais atrações do arquipélago – especialmente os pinguins. 



Mesmo sem pesos chilenos, seguimos à Parguá pela Ruta 5 para fazer a travessia da balsa. Logo após passar pelo pedágio,  pegamos uma chuvinha. 

Também é possível chegar em Chiloé de avião. Pode-se embarcar em Puerto Montt e desembarcar no aeroporto de Castro.

Como não é o nosso caso, embarcamos no 'ferry' no povoado de Parguá e desembarcamos ao norte da Ilha de Chiloé por Chacao.

Para a nossa sorte, o "cobrador" da balsa aceitou o pagamento em dólar...




A chuvinha nos acompanhou por um tempinho. O tempo estava bem estranho: chovia, fazia sol... ficava nublado e chovia de novo.

Já na Ilha, seguimos para a cidade de Ancud. Pedimos aos carabineros se seria possível encontrar uma casa de câmbio, ele disse que não, só nos caixas eletrônicos.

















Então, vamos ao banco...




Com pesos chilenos no bolso, agora vamos conhecer a cidade...








As casas são bem interessantes...







As típicas igrejas da ilha... São todas de madeira, e a mais antiga, a Igreja de Santa María de Loreto de Achao, na ilha de Quinchao, data de 1730. São ao todo 70 igrejas espalhadas pelas ilhas, das quais 16 foram reconhecidas pela Unesco como Patrimônio Mundial da Humanidade.




No Mercado Central se encontra de tudo: artesanatos, frutas e verduras, peixes e a alga marinha típica da região, o cochayuyo. 




Como era meio volumosa para levar na moto, deixamos para trás. (Em Valparaíso compramos um pacote desta alga desidratada).



Nas minhas pesquisas pré-viagem, descobri que nas Ilhas Chiloé os artesãos fazem bonecos de tricô com enchimento de lã de carneiro e, uma boneca em particular, me chamou a atenção: uma 'sirena'. Já cheguei na ilha com os olhos voltados ao artesanato para conseguir comprar uma sereia para minha filha. 


 


Confesso que não foi fácil, fui em todas as lojas do Mercado e só encontrei em uma. Não era tão bonita quanto às que eu vi na internet, mas era a única, então comprei assim mesmo. Minha filha adorou!!!




Algo que me chamou atenção foram estas placas. É bastante comum encontrar elas espalhadas por toda a ilha.




Bem, encerramos aqui, seguimos então para Castro















Aqui em Castro, tentamos encontrar um lugar para comer, mas não tivemos muito sucesso. Os locais estavam todos cheios e um em que entramos, ficamos sentados esperando e ninguém vinha atender... desistimos e seguimos em frente.
















As famosas palafitas de Castro... Muitas palafitas foram destruídas no violento terremoto de 1960, mas dois grupos delas ainda resistem na comuna de Castro: os Palafitos Gamboa e os Palafitos Pedro Montt.






Seguimos então para a cidade de Quellón onde o atrativo seria ver os pinguins. Neste período ficam na baía de Puñihuil que é como um destino de férias para os pinguins de Magalhães, que chegam vindos da Patagônia, e os pinguins de Humboldt, que vêm da costa do Peru e do Chile. Eles são bastante parecidos, e o curioso é que só em Chiloé essas duas espécies convivam. Os pinguins podem ser vistos em ilhotas próximas à praia, onde ficam durante a primavera e o verão. O passeio é feito a bordo de lanchas e dura 40 minutos e pode ser cancelado em caso de chuva e de ventos muito fortes. 

Infelizmente o tempo mudou drasticamente e para o lado de Quellón estava tudo fechado. 




Como sabíamos que não haveria passeio com o mau tempo... retornamos.


Pegamos muita chuva e ventos muito fortes...


Então, sem ter muito o que fazer, fizemos uma paradinha em um posto e compramos um salgadinho e suco para disfarçar a fome. Depois voltamos à balsa e retornamos ao continente. Logo após desembarcar, tivemos uma pequena abertura de tempo.... mas durou bem pouco e a chuva veio com tudo.

Já um tanto cansados, molhados e com frio, paramos em Frutillar para abastecer e decidimos ficar por ali. Ainda era cedo, por volta das 17 horas, mas com aquele tempo estava difícil.

Pela primeira vez ficamos em uma cabana, mas foi legal. 




Para nossa surpresa, após nos instalarmos e tomar um bom banho quente... o tempo limpou e não choveu mais até anoitecer. Estávamos famintos pois ainda não tínhamos almoçado. Frutillar fica as marges do lago Llanquihue, mas estávamos a cerca de uns 3 km de lá, consequentemente, longe dos bares e restaurantes. O negócio foi apelar para um mercado. Compramos suco, pão, salame, queijo, tomate e algumas frutas. Retornando à cabana, preparamos um belo sanduíche e matamos o que estava nos matando.

Acabei fazendo bom uso das cordas que levei para improvisar um varal. Ligamos o aquecedor à gás para secar as roupas molhadas, botas, luvas... 




Veja mais em: https://www.youtube.com/watch?v=iccRl5DyROg&feature=youtu.be


Até a próxima!





Pernoite em Frutillar - Cabañas Dona Isabel: $ 25.000 pesos chilenos, sem café da manhã.
Travessia da balsa para Ilha Chiloé: $7.500 pesos chilenos por travessia.




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