terça-feira, 10 de janeiro de 2017

Viagem a Argentina e Chile: Conhecendo a Cordilheira dos Andes em 6 Pasos - 16° dia

Olá,

Depois do café, ficamos conversando um pouco com o dono do hotel, o Sr. Daniel, amante de duas rodas como nós.



Fizemos uma parada no posto para abastecer e conferir o mapa para seguir viagem.


Então seguimos em direção a Tierra Amarilla... acompanhados de muitas videiras...






Ficamos tão distraídos com a vista que passamos da entrada para o passo.


Seguimos até o final, no Km 15, mas a rua acabava em uma fazenda.

Tentamos encontrar outra forma de chegar ao caminho certo sem precisar voltar. Seguimos uns caminhões, paramos na beira da estrada e perguntamos para um que estava subindo se este era o caminho para chegar ao passo. Ele nos disse que a estrava levava a mina. Paramos em um 'comedor' à beira da estrada onde encontramos o mesmo caminhoneiro que nos deu informação. Ele pediu para ir falar com a proprietária que nos indicou o caminho certo. De qualquer jeito, tivemos que voltar...


Agora sim... na estrada certa!


Muitas coisas para descrever. A cada curva um cenário diferente - do começo ao fim. 

Acredito que as imagens falam por si!






















































Cada vez que subimos, em altas altitudes, minha almofada se enche de ar... fica tão cheia que parece que vai estourar. Mas assim que começa a descer ela se esvazia.



Paso Pircas Negras



Pircas Negras é um passo de fronteira entre Argentina e Chile. Conecta o noroeste da Argentina, na província de La Rioja, a região de Atacama, na altura da cidade de Tierra Amarilla no Chile.


O passo tem uma altitude de 4.164 metros acima do nível do mar. O clima é severo no inverno: a neve atinge uma altura de 2 a 3 metros e a temperatura de inverno extremo é de 0° graus Celsius e no verão chega a 29°. Este passo só é habilitado em alguns meses, principalmente no verão. Ao longo do percurso há abrigos para uso em situações de emergência. As rotas de ambos os países são de cascalho consolidada. 











Sexto Passo Fronteiriço Concluído!



De volta a estrada, seguimos para a aduana. Apesar de só ter um ou dois carros a nossa frente, levou quase uma hora para finalizar os trâmites. E ficar nessa altitude, no calor... foi um pouco desconfortável. A aduana está a 4200 metros de altitude. Lembro que sentei ao lado da moto e este Gendarmerie falou para o Aires: "Ela está bem? Parece meio pálida. Se precisar eu tenho oxigênio ali."


Aqui no Pircas Negras, o fiscal do Senasa também mandou abrir as malas, mas só deu uma 'revirada' com as mãos. Imagino que para ver se encontrava maçãs... mas foi rápido

Na saída da aduana, ainda se encontrava um resquício de neve...




Aquela faixa branca ali é a Laguna Brava...


A Reserva Natural Laguna Brava é um espelho de água e sal de 17 km de comprimento por 2 km de largura. Situada a 4200 metros acima do nível do mar, está rodeada de vulcões que atingem e ultrapassam os 6.000 metros: o Bonete, o Veladero, o Pissis e o Reclus.


Em suas margens se protegem espécies ameaçadas como pumas, vicunhas, guanacos e raposas-coloradas. Os flamingos rosas são as estrelas do lugar. 



Muitos flamingos... Queria tirar fotos, mas quanto mais perto eu chegava... para mais longe eles iam.




Um guanaco fossilizado... era puro sal.







Drusa de cristal de sal...



Aires foi caminhar sobre o espelho de água e sal... havia uma asa de avião


Sal dos Andes, tirado na fonte!




Olhem só as cores...






Estes abrigos estão espalhados ao longo da rodovia. Eram muito utilizados pelos gaúchos que faziam a travessia para o Chile no final do século XIX.




Haviam muitos passarinhos aqui. Chegavam a pegar a comida na mão. 

Video: (em breve)





Aqui na Argentina, se encontram muitas homenagens ao Gauchito Gil pela estrada, sempre com muitas fitas vermelhas.

Gauchito Gil é um lendário personagem da cultura popular argentina. Seu nome completo era Antonio Mamerto Gil Núñez, e supostamente nasceu na área de Pagamento Ubre, hoje Mercedes, província de Corrientes, possivelmente na década de 1840, e morreu a 8 de janeiro de 1878. Encontram-se várias versões de sua história e se como se tornou 
o mais proeminente santo gaúcho na Argentina. (https://pt.wikipedia.org/wiki/Gauchito_Gil)










Nos deparamos com este visual... sem nenhum outro veículo...


Então, montamos o equipamento e brincamos de fotografar...




Sensação maravilhosa!!! 

Apesar do cansaço, e de quase desistir, cumprimos nosso objetivo de cruzar a cordilheira dos Andes em 6 passos!!!





Paradinha para hidratar e fazer novas amizades...




Enfim... em Villa Union. 


Não tinha muita opção de hotel. Depois de nos instalar, tomar um bom banho e tirar aquela poeira do corpo, fomos dar um passeio. Acabamos retornando ao hotel logo em seguida para guardar a água que compramos. Nos deparamos com a proprietária saindo do nosso quarto. Ela disse que tinha ido conferir se tínhamos deixado o ar condicionado ligado. 


Fizemos um rápida conferência em nossa bagagem e, constatando que estava tudo em ordem, seguimos para fazer um passeio e procurar um lugar para jantar.



Cidadezinha pequena, mas com seu charme! 

Comemos um dos pratos típicos da região: "chivito al disco". 


É um tipo de carne (cabrito) ensopada com legumes. Também comemos empanadas de chivito. Estava muito bom!


Até a próxima!



Pernoite em Villa Union - Hotel Palermo: $ 550 pesos argentinos com café da manhã (café com leite, pão, geleia)




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